O que você vê quando olha para o mundo?
Em tempos onde as vidas encontram-se no seu limiar
De seus próprios limites
Os sons da inocência se perdem para sempre em meio as chamas
Em meio a sede de sangue e dor
Não ouvem, não veem
Corpos roubados de sua terra, roubados de suas almas
Por favor! Parem!
Parem de saciar devaneios de ódio e morte.
Não importa quem, não importa onde
Pertencemos a mesma casa
Somos pessoas, irmãos e irmãs
Filhos e filhas, pais e mães
Que um dia já foram crianças
Com corações fortes e sonhadores
Que ainda lutam, que ainda vivem, sobrevivem!
Parem!
Parem de nos entristecer, parem a covardia
Não existe um lado, não existe o justo
Apenas dor, sofrimento e morte
Abaixem os punhos de ferro e as lanças da discórdia
Aos quatro cantos escutamos, o choro da angustia e da morte nos cercar
Um desespero desumano e solitário, de estar sozinho neste mundo
Apenas, parem!
Rios de lágrimas e sangue brotam
Em nossa terra árida forjada pelo sol e pelo o vento
Anjos dizem nos proteger, junto ao seu lado, seus ceifeiros
Guiando-nos para o terror e solidão
Onde fica a paz e o paraíso?
Nossas crianças não brincam mais
Sua inocência estilhaçada
A chuva que cai não traz mais os sorrisos
Não traz mais os sons das canções e dos passos em brincadeiras
Apenas o bater lento de seus corações
Vocês podem ouvir?
A escuridão eterna sempre à espreita
O céu manchado pela poeira vermelha de sangue amedrontam os olhos
Nossos pequeninos não cresceram
A piedade e compaixão parece não existir
Apenas um sopro, do que um dia, pudesse ter sido
A esperança sobre os ombros, sobre os escombros, sem folego implora
As crianças não brincam mais
A chuva que cai não traz mais os sorrisos
Não traz mais os sons das canções e dos passos em brincadeiras
Apenas o pulsar lento de seus pequenos corações
O sangue de nossos filhos ficaram na história?
Apenas para saciar a sede dos senhores da guerra?
Alguém nos livrará deste momento sombrio?
Apenas parem!
O que você vê quando olha para o mundo?
Um ódio tão antigo quanto a terra e o tempo
Sua tristeza caótica, sua fé hipócrita, sua guerra santa
Nada disto me importa
Por favor! Vocês podem ouvir?
Nossos pequeninos não cresceram
As crianças não brincam mais
A chuva que cai não traz mais os sorrisos
Não traz mais os sons das canções e dos passos em brincadeiras
Vocês podem ouvir?
O pulsar lento de seus pequenos corações, sangrando em lagrimas
O que você vê quando olha para o mundo?
Por favor!
Apenas, parem!
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