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Em defesa de Lula

Os preceitos que envolvem a democracia, não fazem parte do dicionário cotidiano de parte da sociedade brasileira, porque, enquanto país, ainda não se conseguiu construir mecanismos básicos para uma democracia de fato, como por exemplo; soberania popular, respeito as minorias e suas expressões, garantia ao estado de direito para os menos assistidos, e outras tantas questões. Não ter a democracia com suas implicações como hábito, torna alguns suscetíveis, e favoráveis para quando parte da sociedade rompe com os pactos minimamente estabelecidos de algo que se aproxima dos valores democráticos.



Uma das grandes formas utilizadas para retirar a visibilidade do outro, ou de determinado seguimento, enquanto ser, está ancorado no ato de coisificar. No espaço político, o princípio da coisificação gira em torno do PT. O Partido “recebeu” a alcunha de parte da grande mídia de “organização criminosa”, no qual, o conceito foi construído e enraizado no imaginário coletivo. A insistência da construção do termo parece ter se tornado uma “verdade universal” nos modus operandi de parte da classe média, e de uma parcela das camadas mais pobres, que acredita “cegamente” no discurso construído pelos grandes meios de comunicação, ignorando as inúmeras conquistas sociais construídas dentro dos governos petistas, do qual, essa última camada foi a principal beneficiada.


O Partido dos Trabalhadores não pode ser e estar imune as críticas, porque é um meio de ideias, construído, conduzido por pessoas. Como sabemos, pessoas como nós, de carne e osso, têm e cometem as suas falhas. Porém, há uma diferença importante entre crítica e ódio. Quando se tece críticas, reconhece-se a importância do Partido e de suas políticas, mas, não concorda em inteireza com as mesmas, e por meio das críticas se pretende aperfeiçoar as diretrizes. A crítica não é destrutiva, o que destrói é o ódio. Atualmente, muitas pessoas odeiam o PT, e movidos por esse sentimento, sonham com a destruição do Partido, começando com a sua principal liderança, o ex-presidente Lula.

Não há dúvidas que Lula foi, é, e por muito tempo será a principal liderança política/popular do país. É possível constatar essa afirmação, por meio de pesquisas de intenção de voto, quando o outrora metalúrgico, mesmo com os infindáveis ataques que sofre cotidianamente, lidera todos os cenários para a corrida presidencial. A liderança de Lula impressiona, e ao mesmo tempo incomoda. Por meio desse incômodo, o ódio é construído, para depois ser disseminado. Quando se odeia algo, as pessoas se movimentam por impulso, deixando o raciocínio em segundo plano.


No próximo dia 24, Lula será julgado pelo TRF-4 do Rio Grande do Sul, por ter sido condenado pelo juiz Sérgio Moro, alegando que o presidenciável recebeu um Tríplex como propina da empreiteira OAS. Segundo inúmeros juristas, o processo movido contra Lula é repleto de vícios desde a sua origem, caracterizando muito mais um julgamento político do que jurídico.


Não entrarei no mérito, porque não tenho condições cognitivas para isso, mas, a impressão que tenho, enquanto leigo, é que a condenação de Lula está sendo conduzida sem provas, e no âmbito do Direito, todos são inocentes até que se prove o contrário. Se não há provas, nenhum cidadão pode ser condenado, porque se for, se inverte a lógica do Direito, que é fazer justiça, e não injustiça. A condenação sem provas de Lula, é uma injustiça apontada no tempo presente, sendo, possivelmente, referendada em um futuro próximo por meio dos Livros de História.


Uma parcela, espera ansiosamente a provável condenação do ex-presidente, mesmo sabendo que inúmeras excepcionalidades estão sendo cometidas, para alguns, com o fito único de impedir o PT de chegar novamente ao poder. O que move essas pessoas à irem ao regozijo com a possível condenação, não são as críticas que fazem as bandeiras defendidas pelo Partido, tampouco estão relacionadas com as discordâncias das políticas públicas adotas quando o PT estivera no poder, o que os move, é o sentimento mais vil que pode se manifestar no ser humano, a saber, o ódio. Porém, o ódio não é ad eternum.


Sendo assim, há uma tendência de que as pessoas que esperam a condenação, caso ela se confirme, se arrependam em um tempo não muito distante. A História do tempo além do presente, nos pergunta hoje: “Qual foi o lado que você esteve, da justiça, ou da injustiça? Por último, o julgamento de Lula tem que ser nas urnas, no mês de outubro, contando com a participação popular.


Defender Lula, não é uma defesa somente à um cidadão, é mais, é defender o Estado de Direito, é defender a esperança de milhões e milhões de brasileiros que viram suas vidas sendo transformadas pelas políticas públicas implementadas pelo “PT, do Lula”. Caso haja a destruição dos sonhos das pessoas, se destrói rapidamente um país.


Abraço, bom final de semana para vocês!

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