César Camargo[1]
Eras da extinção pairam
Nos tornamos a ferramenta de nossa aniquilação,
Testemunhem à ignorância.
Nos palácios do poder recordes são batidos,
Guerras são criadas
Bombardeiros e munições
Tiros no espelho da realidade.
A exploração se amplia
Desmatamento, genocídios
O lucro cego em meio a fome!
Inventam crises,
Sugam a sociedade
Nações em queda o socorrem.
Chamas da história, testemunhem.
Cortinas de fumaça lançadas
Espectadores serenos,
No horário nobre se completam
Cruzadas de nosso tempo.
A ganância disfarçada em cada um
Sociedade distorcida pela hipocrisia.
O “senhor mercado” ordena
Não importa quando ou onde.
Seu horário está garantido
Sua presença é sufocante!
Sua fome insaciável!
De seus palácios ditatoriais,
Metas são criadas
“milagres da divindade”.
Chamas da História
Testemunhem a arrogância.
Mentes encarceradas
Na fantasia meritocrática.
Egocêntricos do sistema.
O “senhor” dita as regras,
Amarrados pela ganância
Com sua fala calma
E seu mantra insano
Sem medo,
Nada se opõe
Matam as vozes opostas.
Chamas da história,
Por favor, me complete!
Inflame a minha coragem,
Testemunhem o sofrimento.
A insônia social,
O suor dos pobres,
A dor em seus ossos,
Pele rasgada,
Seu orgulho ferido.
Encontraremos sua fraqueza
Quebraremos seus espelhos
Libertaremos os escravos,
Destruiremos seus palácios.
“Senhores do mercado”,
Nas esquinas que ignoram,
O despertar se aproxima!.
[1] Geógrafo. Formado pela UEG, Unidade Universitária de Itapuranga.
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