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O Trabalho Análogo ao Trabalho Escravo no Brasil



O trabalho análogo ao trabalho escravo, hodiernamente, teve como início no Brasil a partir da ocupação da Amazônia, da criação da transamazônica e dos incentivos fiscais a fazendeiros além da propaganda de falsas melhorias de condições de vida a partir do trabalho “agropecuário”, tendo em vista que havia homens “sem-terra” no Nordeste que foram impulsionados a migrarem para a Amazônia, “a terra sem homens, pensando que estavam entrando no céu.


Sabe-se que desde o processo de colonização brasileira, a política latifundiária é um aspecto recorrente que permanece arraigado em nossa sociedade, passando apenas a se chamado de agronegócio, porém, com as mesmas características, tais como a concentração de terras, a escravidão, a devastação do meio ambiente e a exploração da mão-de-obra.


No contexto em análise, o trabalho escravo contemporâneo pode ser entendido como um sequestro inafiançável, uma vez que os grandes fazendeiros usufruem da força de trabalho e das fragilidades dos peões para promover o enriquecimento próprio. Sendo assim, a divergência entre filhos da senzala e filhos da elite perpassam às gerações e corrobora para o processo exploratório atual.


A expansão caótica e irracional do desmatamento associado à arregimentação de trabalhadores por parte de um conjunto de fazendeiros, em alguns casos, são descobertos por um grupo de pessoas que se dedicam à fiscalização dessa esfera. Entretanto, a reincidência de situações de cativeiro e da banalização do peão como indivíduo, não são extintas devido à falta de consciência dos fazendeiros, das precárias condições do escravo moderno. Outro fator relevante é a manipulação de interesses das camadas sociais mais poderosas que legitimam a violência estrutural.


Um outro aspecto de suma importância é a questão dos sem-terra, que se organizam em acampamentos para reivindicar as terras públicas que foram ocupadas pelos grileiros e outros proprietários capitalistas. Esse é um fator que potencializa a escravidão, pois os que não tem acesso à terra se veem obrigados a se submeterem a condições precárias e subumanas de longas jornadas de trabalho, água, insalubre e alimentação não nutritiva, com o intuito de ganhar dinheiro, voltar ao seu lugar de origem e sustentar a família por meio da esperança das “terras do bem virá”.


Esses trabalhadores arregimentados pelos gatos não podem ser considerados brasileiros propriamente dito, uma vez que a perda de identidade é frequente em todos os âmbitos.


Em 1996, no Pará, houve um assassinato em massa, no qual os policiais reprimiram os acampados em defesa dos latifúndios.




O presente texto é de autoria de Amanda Fernandes B. de Araújo, aluna do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Álvaro de Melo, localizado em Ceres, Goiás. O texto versa sobre o documentário intitulado “Nas Terras do Bem-Virá”, produzido originalmente em 2006. Toda composição textual foi mantida do original, inclusive termos, conceitos e ortografia.

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