top of page
Foto do escritorCésar Camargo

TENTO ESTAR PERTO DE VOCÊ


Do alto dos montes mais elevados

Das colinas mais distantes

Pelas cidades enfeitadas de luzes, em seus muros, em suas grades

Por suas ruas sem fim, manchadas por sangue dos inocentes

Todas as dificuldades marcadas em meu corpo

E mesmo assim ainda estou aqui

Tentado a procurar algo que ainda me faça ter sentido

De estar perto de você

 

Eu ainda não vejo, eu ainda não sinto

Uma busca que me faça sentido

Ainda continuo procurando

Dizem que sua presença encontra-se em todos os lugares

Em todos os desesperados olhares

Que corações mansos e aflitos podem sentir

Como fogo ardente que aquece as almas dos entristecidos

 

Mas ainda não vejo, ainda não sinto

Ainda continuo procurando

Tento estar perto de você

 

Acredito sinceramente, em que os dias possam ser melhores

Mas que ainda não chegaram

Talvez possam estar no horizonte

De um entardecer ardente se despedindo

E mesmo assim, ainda estou aqui

Tentado a procurar algo que ainda me faça ter sentido

De estar perto de você

Uma corrente amordaça meus sentidos

E toda a vergonha aprisiona meu corpo

Tento acreditar e sentir

O que procuro é verdadeiro?

 

Qual o sentido de seu sofrimento?

Toda a sua dor do passado

A lança em teu peito,

A sua própria dúvida em seu abandono

Me pergunto, se há alguém ou algo?

Verdadeiramente capaz de entender

O significado mais puro de sua entrega

 

Eu ainda não vejo, eu ainda não sinto

Ainda continuo procurando entender

De estar perto de você

 

Todos os pecados se multiplicaram

A vaidade humana no seu ápice

Os protetores celestiais se negam

Das profundezas nos guiam em direção a escuridão

E mais uma noite chega sem respostas

Com suas dores congelantes

Com seus flagelos incessantes

E as ruas de quase todas cidades enfeitadas de luzes

 

Eu, ainda não sinto, não enxergo  

Ainda continuo procurando entender

Tentado a procurar algo que ainda me faça ter sentido

Neste caminho onde o sangue dos inocentes brotam

Os invisíveis coroados com espinhos

Derrotados pela vitória dos hipócritas

Apedrejados por apenas existir

A mercê de suas próprias dúvidas em seu abandono

 

Continuo correndo com minhas correntes e minha cruz

Com toda a minha vergonha e revolta

E mesmo assim, ainda tento

Eu ainda não vejo, eu ainda não sinto

Ainda continuo procurando e tentando entender

Tentado a buscar algo que ainda me faça ter sentido

Eu ainda não encontrei

Mas tento estar perto de você

 

49 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Muro Negro

Comments


bottom of page