Em pleno pós feriado, de uma tarde de sexta feira efervescente. Eu me encontro em meu refúgio como muitos por aí, muitos acomodados, já eu incomodado estou pensando ao som de uma antiga e belíssima música brasileira (Metamorfose Ambulante) composta por um dos grandes nomes do rock brasileiro. O Maluco, o maluco beleza, que pensava em uma Sociedade alternativa, Raul Seixas (1945-1989). Esse cara era o bicho! Um profeta, e suas músicas cheias de profecias (re) mexe com a cabeça de muitos. Por base neste cara, comecemos o nosso texto.
Vamos começar devagar, primeiro já pararam para pensar na palavra “alternativa”? Há sim! Como pensei! Não né! E outra coisa, não confundam com a rádio! Pois bem, que pensemos juntos então! A palavra alternativa (o), pressupõem a ideia de escolha. Podemos alternar, entre uma ideia e outra, um produto e outro. A sociedade alternativa pensando por ele, seria uma sociedade que todos poderiam ser o que quiser, sem restrições, sem rótulos e principalmente sem ter medo e preconceito do ser.
Agora vamos pensar a palavra metamorfose. O conceito de metamorfose significa mudança, é a transformação de um ser em outro. De uma forma em outra. Nós seres humanos vivemos esse processo de transformação a cada instante, minuto horas, dias, semanas, anos... como as borboletas que voam em seu quintal. Porem nossa mudança é algo superficial, nosso corpo muda, nossas ideias mudam, nosso ambiente muda, entendem? Agora o problema é aceitar a mudança, principalmente a mudança no outro, isso torna-se uma questão a ser pensada nestes novos tempos. Eu vejo que estamos passando por um processo de mudança, mais não de aceita-la. E por sinal, é um processo que vai demandar muito mais tempo e compreensão.
Apesar de tudo, torna-se, engraçado e não alternativo, pois estamos sempre abertos para “o novo”, a nova roupa, o novo celular, um novo amor, um novo emprego, uma nova casa, tudo que tem forma e que de lucro. Porém, não aceitamos um novo conceito, uma nova cultura, uma nova religião, uma nova opção sexual, um novo partido, um novo pensamento que não se iguale ao meu, enfim, uma nova sociedade, que está tão atual, mais que ao mesmo tempo está distante. Estamos presos pensando no futuro, e permanecemos acorrentados ao passado, e esquecemos de apreciar as coisas que estão acontecendo no presente, as mudanças, as transformações. Assim, nós acabamos nos cercando e cercando aqueles que estão próximos. É isso que o Raul tenta nós dizer quando escreve “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Estamos cercados de “velhas opiniões formadas sobre tudo” a todo momento, em cada canto, e é por estar razão que cada um deve se tornar uma nova metamorfose ambulante. O mundo gira, fica de cabeça para baixo, e nós somos passageiros neste movimento de girar, por isso que, enquanto vivo, eu giro, com o mundo. Reflitam meus caros colegas, sobre tudo e ao mesmo tempo sobre o nada!
Para finalizar o texto, deixo esse trecho da música até quando do Gabriel O Pensador.
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente A gente muda o mundo na mudança da mente E quando a mente muda a gente anda pra frente E quando a gente manda ninguém manda na gente! Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura Na mudança de postura a gente fica mais seguro Na mudança do presente a gente molda o futuro!
*Gustavo Silva é acadêmico do 7º período de História da UEG de Itapuranga-Go