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MEMÓRIAS DE UM JOVEM PESQUISADOR: HOMENAGEM SINGELA A DONA NILVA E SENHOR DOMINGOS


“Hoje, pra nós, a terra é a vida pra nós. Daqui nós tira tudo. Daqui que nós tira o sustento. Nós tem outro meio de vida, é daqui que nós vive. A nossa terra aqui produz pra alimentar a casa e pra fazer uma festinha”.

 

Dona Nilva (in memoriam)

 

O dia era uma terça-feira, o mês era agosto e o ano era 2017. Levanto pela manhã e dou início ao ritual matinal de sempre. Preparo um café reforçado, sabendo que o dia seria intenso e importante. Era dia de entrevista. Após finalizar o café, direciono-me para meu quarto/escritório. Sento-me em frente ao computador depositado sobre uma pequena mesa que divide o espaço com duas camas, um multiuso e um guarda-roupa. Ligo a máquina e imediatamente abro o arquivo destinado às entrevistas. Nele, estão as perguntas centrais que nortearão a entrevista. Começo e reler e a passar em revista a sequência das questões a serem feitas e faço alguns ajustes. Em seguida, realizo a impressão do material. Dou início aos preparativos finais. Abro a mochila. Confiro tudo o necessário: prancheta, canetas, câmera fotográfica, gravador, crachá de identificação, questionário e termo TCLE. Fecho a mochila. Parto para a segunda etapa dos preparativos. 


O local da entrevista: um assentamento, o Assentamento São Bento em Heitoraí/GO. Começo a me vestir conforme o espaço assim o exige. Calçados fechados, calça e camisa de mangas longas para proteção solar. Devidamente preparado? Ainda não! Dou mais uma última olhada nos itens da mochila. Havia esquecido de olhar as baterias do gravador e da câmera fotográfica. Faço a imprescindível verificação. Está tudo certo. Aliás, para um pesquisador, é sempre importante ter reservas de pilhas e baterias. Fecho novamente a mochila, com a consciência mais tranquila. Direciono-me até a motocicleta, meio de transporte que me levará até o assentamento, a uns 18 Km de cidade. Verifico o nível de combustível da motocicleta. Recordo de ter abastecido no dia anterior, uma vez que havia agendado a entrevista com o casal na semana precedente. Ademais, para pesquisa de campo, havia realizado uma visita prévia ao assentamento, tarefa que entendo ser de suma importância. Tudo verificado e conferido, parto para a grande empreitada empírica.


O trajeto é tranquilo. Estrada de chão recém reformada. Trata-se da GO-427, palco da luta pela terra em Heitoraí. Ali, se constituíram dois importantes assentamentos, o Margarida Alves e o São Bento, este último, objeto de minha dissertação de mestrado. Eu, um jovem estudante universitário, cursando mestrado, e pela primeira vez, realizando um trabalho de campo. Tudo novo, mas também, tudo enriquecedor. Lidar com experiências e trajetórias de vida de homens e mulheres forjados na luta. Ao longo do trajeto, mil coisas passam pela cabeça. Tento me concentrar nas sugestões dadas pela minha orientadora e, não menos importante, nas valorosas lições do Prof. Valtuir, orientador de graduação (e hoje grande amigo) que havia me iniciado nos estudos do campesinato: “Jean, estes homens e mulheres do campo são sujeitos históricos simples, mas de muita riqueza empírica, política e social; nunca os aborde com termos e jargões acadêmicos; fale com eles sempre de forma natural e simples possível, dando prioridade mais ao ouvir do que ao perguntar”, era o que me incorria na mente, enquanto já estava próximo do assentamento.


Avistando a entrada do assentamento, logo se percebe que ali fora um processo intenso de luta. Na mencionada entrada, uma grande placa do governo federal, particularmente do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), evidenciava a conquista daqueles homens e mulheres assentados. O casal que iria encontrar, residia próximo à entrada, em uma das primeiras parcelas do assentamento. Devo admitir, estava um pouco nervoso. Seria a minha segunda entrevista naquele assentamento, e o “frio na barriga” não me deixava. Acho que isso faz parte do trabalho de campo. Ao adentrar a parcela do casal, logo me deparei com um lindo pomar e um belo “rancho” feito de madeira e palhas de bacuri/coqueiros, onde ali, imaginei eu, eram feitas as refeições, também um momento de repouso e de reuniões e encontros entre os assentados, uma vez que o casal era ativo na luta camponesa. A casa, toda vermelha, era espaçosa, fruto de muito trabalho, luta e esforço.


Estaciono a motocicleta debaixo de uma árvore frondosa, ainda meio constrangido, mas motivado para realizar a tarefa. Deposito o capacete sobre a motocicleta, e me direciono ao rancho acoplado à área externa da casa. No trajeto até ele, vejo Dona Nilva na lida diária, no trabalho doméstico e avisto o Senhor Domingos aos fundos do quintal, cuidando de alguma coisa que, naquele momento, não soube bem identificar. Faço os primeiros cumprimentos e, imediatamente, sou recebido de forma calorosa e simpática por Dona Nilva. Ao me receber, Dona Nilva deixa os afazeres, o que de pronto afirmei não ser necessário naquele momento e que aguardaria tempo suficiente para começarmos a entrevista. Dona Nilva, como que de súbito, assevera que não era necessário; que o serviço doméstico já estava bem adiantado. Em seguida, Senhor Domingos se aproxima, e com muita receptividade e calor humano, me cumprimenta. Sinto-me, naquele momento, acolhido de forma especial, o que me dá maior segurança e conforto para a entrevista. Percebo que aquilo faz parte da gente do campo; a simplicidade, a calorosa acolhida e a humildade são atitudes que constituem parte do que José de Souza Martins vai chamar de sociabilidade do homem simples.


Após uma longa conversa informal (que aliás, foi importantíssima para minha pesquisa), regada a um delicioso café, faço as devidas explicações sobre o ritual da entrevista. Antes, aplico rapidamente o questionário, onde recolho dados mais objetivos. Em seguida, passo às perguntas que darão norte à entrevista. As questões giravam em torno das origens do casal, do processo de luta pela terra em Heitoraí, das etapas do acampamento até chegarem ao assentamento e as experiências daí acumuladas, a mudança de vida, as relações estabelecidas no assentamento, as estratégias de apoios mútuos, entre outras. Dona Nilva, sempre mais ativa nas respostas. O Senhor Domingos participava quando entendia ser necessária uma intervenção. Aliás, vez ou outra, saia para cuidar de alguma tarefa ainda não terminada, mas sempre retornava atento e interessado.


Aqui, tomo a liberdade de transcrever alguns trechos da entrevista (no original), que acredito serem emblemáticos.


Pesquisador: Qual é a sua trajetória de vida?


Dona Nilva: Bem, eu morava em Itapuranga, mas antes de ir para Itapuranga eu morava na zona rural do município de Goiás.  Aí quando a gente veio para o acampamento tinha quatro anos que eu morava em Itapuranga. Aí nós ficamos sabendo através do Sindicato de Trabalhadores de Itapuranga e por que também meu esposo é filiado lá. E também através da igreja católica, porque toda vida a gente foi católico e então sempre tinha movimento essa coisa toda e aí a gente participava. Na verdade, assim quem ficou sabendo mesmo porque tudo era um boato e tal, mas quem ficou sabendo mesmo foi meu esposo, porque ele trabalhava cortando cana em Inhumas. Aí na época o prefeito de Itapuranga incentivou o pessoal ir para Terra. Aí então Itapuranga inteira estava aquele alvoroço, a Igreja Católica, muita gente e o povo de Goiás um pouco já tinha vindo entrado na terra ia tomar o nosso lugar; e aí nós tinha que vir de qualquer custo, por que era o último prazo era de sexta para sábado era o último prazo nosso do pessoal de Itapuranga porque sábado à noite já não deixava nós entrar no acampamento. Aí nós chegamos na quarta de noite quando foi na quinta madrugada de noite eu falei para minha sogra eu vou buscar meu sogro que eu tenho certeza que ele vai junto comigo para Terra. Aí nessa época eu tinha um corcel aí quando foi quatro horas eu cheguei lá antes deles ir para roça. Aí eu cheguei lá e falei que meia-noite nós ia para Terra.  Aí chegamos em Itapuranga compramos uma cavadeira, porque nós já tínhamos um pouco dos trem e aí nós foi juntando, amarrou e colocou os nomes e levou lá para a igreja para por dentro do caminhão. Aí então nós foi na frente da turma que ia, aí quando nós chegou ali perto do lixão você olhava para frente assim só via fila de carro. Aí nós entrou ali e estava aquele tanto de barraca. Aí nós foi chegando e amizade só foi aumentando. E chuva daquele tanto e barro também. Quando nós chegou de noite nós acabamos de amanhecer dentro do carro sentado. Aí nem amanheceu direito não e você via o povo que nem formiga, com panela, cavadeira, foice e enxadão comendo no meio da braquiária. E cada um ia se virando entendeu? Aí logo veio as polícias e ficou lá no mata-burro, inclusive nós achou que eles iam tirar nós, mas não, ficaram vigiando nós.  Mas eles nunca agiram com violência, nunca aconteceu isso.


Como é possível notar, a resposta de Dona Nilva revela todo processo de origem na luta pela terra em Heitoraí, forjados na experiência acumulada com o trabalho no campo, e no trabalho de politização do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Itapuranga e da Diocese de Goiás (Cidade de Goiás). Revela, também, parte dos percalços e obstáculos enfrentados no dia em que resolveram acampar às margens da GO-427, onde enfrentaram toda sorte de desafios (chuva forte, muita gente, o temor da polícia, etc.). Ao longo deste relato, era visível no semblante de Dona Nilva e do Senhor Domingos a emoção e, ao mesmo tempo, o orgulho de estarem onde estavam, ou seja, de estarem naquele momento como assentados, tendo um pedaço de terra seu e que fora fruto de um árduo e intenso processo de luta. Uma outra questão enfatizada pelo casal, foi a organização estabelecida no momento de acampamento, a qual vejamos:


Pesquisador: Como era a organização de vocês no acampamento?


Dona Nilva: Desde o começo, desde os primeiros dias, era tudo muito bem organizado. Quando o pessoal de Goiás veio junto com Itapuranga, aí reuniu todo mundo já fez as normas do Acampamento. Criamos então o Estatuto. Aí nesse estatuto tinha normas que tinha que seguir, por exemplo, tem muita gente indo embora porque não seguiram a norma do Estatuto. Só para você ver quando nós estava no corredor teve um fato lá que realmente até hoje eu me sinto assim triste pelo que aconteceu, por que a gente morava no meio de dois melancial, e uma das normas do Estatuto era não roubar; e o senhor que tinha uns quatro filhos pequenos passou o arame e pegou uma melancia para os meninos dele chupar. Ele pegou de manhã e à tarde reunirmos e decidimos que ele teria que ir embora, por causa de uma melancia. Aí não podia beber, prostituir, essas coisas. Aí a comida cada um fazia a sua na sua barraca. Mas nós recebeu muita doação. A Igreja Católica, a Diocese de Goiás ajudou muita gente. Até o INCRA doava cesta básica. Quando a gente estava no corredor a gente tinha uma cantina; e aí todos os mantimentos que chagava ia pra essa cantina e ali ia e fazia a divisão. Aí dividia de acordo com a quantidade de gente por família. A família que tinha mais morador, recebia mais coisas, a que tinha menos, menas coisas. Aí tinha as equipes que fazia essa divisão. Sobre a higiene também tinha a equipe de higiene, saia juntando sacolinha, cada um fazia seu buraco pra colocar seu lixo orgânico. Aí tinha vigia a noite. E nós fazia muita reunião. Era conselho constantemente. Mais acampamento e assentamento; um probleminha que se você deixar se torna um problemão. E o nosso acampamento desde o inicio nós tentava organizar, sabe? Tinha uma comissão que era rígida mesmo porque era muita gente, porque se deixasse a vontade o quê que virava? E você pode ver que até mesmo hoje no assentamento e no acampamento, em vista de outros, o nosso foi bem organizado. Pelo tanto de gente que era, a organização foi boa. 


Notadamente, a organização estabelecida no acampamento fora imprescindível para o sucesso na luta pela terra e, não menos importante, consolidação do assentamento. Para se ter uma ideia de tamanha organização, as tarefas eram divididas, havia uma cozinha comunitária, onde todos contribuíam; havia um Estatuto, que determinava regras de comportamento importantes para o funcionamento daquele microuniverso social (acampamento). Dona Nilva, portanto, foi enfática, ao reforçar a organização no acampamento como um dos elementos preponderantes no sucesso da luta pela terra em Heitoraí. Ou seja, isso demonstrara, naquele momento, para mim, como jovem pesquisador, que a luta camponesa se organizara a seu modo e especificidade, dando margem para uma multiplicidade de ações a partir da organização cotidiana, mas também política e social.


Uma outra questão, respondida de forma objetiva por Dona Nilva, e que me pareceu fundamental, fora a visão de alguns residentes de Heitoraí em relação ao movimento de acampados ali iniciado por volta de 1996:


Pesquisador: Como o pessoal da cidade enxergava vocês?


Dona Nilva: Ah! Bandido, sem-terra, vagabundo, urubu preto, povo que não tinha coragem de trabalhar. Inclusive eles tinham medo da gente. Teve uma época mesmo que houve um problema, a gente estava no corredor, que o prefeito não queria transportar os meninos para escola. Aí a gente amanheceu um dia lá na porta da prefeitura e falou que tinha que buscar sim, por que a distância é pertinho. E por que que não pode buscar? Então, Heitoraí inteiro fechava as portas com medo de nós. Eles viam tudo com outros olhos. E hoje é tudo diferente. 


Duas questões que me parecem centrais. A primeira diz respeito a visão estereotipada (que ainda é latente na sociedade) sobre os movimentos sociais camponeses de luta pela terra. Dona Nilva, o Senhor Domingos e outros sujeitos acampados vivenciaram isso na pele quando resolveram ali acampar. A segunda questão, diz respeito a como essa visão estigmatizada foi sendo desconstruída com o tempo, a partir da experiência cotidiana no acampamento e, posteriormente, no trabalho e vivência no assentamento. Tal processo foi sendo tecido a partir de uma construção de confiabilidade entre os acampados/assentados e os moradores da cidade, como sujeitos que buscavam apenas um direito: o direito à terra para trabalho e dignidade.  


Outras questões foram colocadas, como a melhoria na qualidade de vida quando efetivado o assentamento. Neste exato momento, percebi que Dona Nilva demonstrara certa emoção, uma vez que, possivelmente, passara-lhe pela memória as dificuldades que vivenciara na trajetória de luta pela terra. Agora tinha uma gleba, um quintal e pomar, as criações, as plantações, que forneciam o alimento, a renda tão necessária, a dignidade e o orgulho de ser assentada da reforma agrária. Dona Nilva, com a voz embargada, afirmava categoricamente que sua vida e a de sua família haviam melhorado consideravelmente. Que seu esposo não mais se alimentava de comida fria, quando dos tempos de boia fria em Inhumas; que criara seus filhos com todo suporte material e financeiro oriundos da parcela no assentamento.


Dessa feita, já caminhando para o fim da entrevista, eu lançara a última pergunta:


Pesquisador: O que a terra representa para você? 


Dona Nilva: Hoje, pra nós, a terra é a vida pra nós. Daqui nós tira tudo. Daqui que nós tira o sustento. Nós tem outro meio de vida, é daqui que nós vive. A nossa terra aqui produz pra alimentar a casa e pra fazer uma festinha. Então nós faz reunião em família, faz aniversário, os meninos convida, faz encontro da igreja, vem pessoal de fora. Então a gente dedica muito, né, a família. Mais tudo sai de dentro dessa terra, mesmo que seja pouco. Então a gente que trabalha tem que ter festividade, tem que reunir os amigos, reunir a família, então eu acho muito importante. Você tendo a saúde em cima de uma terra dessa aqui, tudo que você plantar você colhe. A gente não fica rico, porque se você fica rico, você vai abandonar o que você mais gosta, então você mantém. Você trabalha pra comer e não pra ficar rico.


A simplicidade e a humildade do camponês é marca registrada de sua prática social, elementos que são da sua essência, da sua identidade. Dona Nilva demonstra tal simplicidade e humildade ao dizer que a terra é a vida para eles (ela e a família), mas também, de forma subjetiva, para milhares, milhões de camponeses. Além do mais, reforça essa simplicidade camponesa ao dizer que da terra tira o sustento, por pouco que seja, tendo mesmo condições de até “fazer uma festinha”. Dona Nilva mostra o verdadeiro sentido da terra, para além do econômico (que é muito importante, claro), que é o da dignidade, o do trabalho, o da esperança, o da grandeza de se realizar através de si mesmo. É a terra para nela trabalhar, dela tirar o sustento, “não para ficar rico”, mas para sobreviver (e viver) com dignidade e respeito.


Ao findar a entrevista, agradeci pela oportunidade de estar ali, experienciando um pouco de sua trajetória de vida e de luta. Agradeci pelo tempo, pela hospitalidade e, sobretudo, pela singela confiança. Mas Dona Nilva não se satisfez. Antes de me levantar para ir embora, lançou com orgulho a sentença: “você fica para almoçar conosco!”. Não fora um convite. A forma de se expressar de Dona Nilva foi mais para uma convocação. Agradeci pelo gesto, tentando tangenciar e alegar algum motivo para não ficar. Dona Nilva, mais uma vez, reforçou a sentença, o que me fez ficar de vez. Senti que naquele momento Dona Nilva e Senhor Domingos ficaram à vontade, sem aquele negócio de gravador, papéis e aquela ‘perguntação’ toda. Daí em diante, até o almoço ficar pronto, fora uma conversa muito agradável. Dona Nilva se orgulhava dos filhos e fazia questão de demonstrar em palavras. Senhor Domingos, dentro de sua belíssima humildade, lançou um convite irrecusável: “vamos ali, quero mostrar algumas ‘coisinhas’ que tenho aqui”. Foi me mostrando tudo que tinha, as criações, as plantações, o quintal, a casa. Era perceptível o orgulho e a satisfação em estar mostrando tudo, como se quisesse dizer: “aqui está; está tudo que consegui nestes anos e anos de luta e trabalho”. Ao passo que voltávamos para a casa, Dona Nilva nos esperava com o almoço finalizado. Arroz, feijão, frango caipira, macarrão, quiabo e um delicioso suco de acerola, colhida dali mesmo, do pomar. Naquele momento, me senti acolhido de uma forma nunca antes vivenciada. Eram pessoas que mal me conheciam, mas que dispensaram um carinho e cordialidade singelos, aspectos que são comuns no mundo rural.


Após o farto e delicioso almoço, me despedi e fui embora, com uma certeza: Dona Nilva e Senhor Domingos me oportunizaram, durante aquelas poucas horas em que passamos juntos, uma das maiores lições de humanização da minha vida, à qual guardo na memória e no coração até hoje.


Dona Nilva e Senhor Domingos partiram, mas suas trajetórias, lutas e conquistas permanecerão presentes em nós.


Dona Nilva, Senhor Domingos, Presentes!

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