O sol está se pondo lá fora, a luz do poste ja reflete na parede. O tempo não está claro, nem escuro! Apenas com um tom amargo de despedida, de vazio... de saudade! Nó na garganta, inquietação e o medo do que está por vir. O medo das horas que passam rápido demais, das pessoas que se vão cedo demais, medo de que tudo acabe. Assim como o que estava aqui agora a pouco, pode não estar aqui nunca mais, sei que os dias iram passar, com pressa e sem piedade, fazendo com que o “hoje mais cedo” vire “a vinte anos atrás”, fazendo com que meu instante vire um retrato na estante e que as risadas mais gostosas virem uma noite de insônia. O tempo me devora, me apavora! O tempo de tão lindo se torna nostálgico. O tempo de tão bom se torna cruel. Tempo, tempo... tenha misericórdia! Me mostre quantos infinitos cabem em teus segundos e quantos vazios cabem em tuas décadas. Deixe o bem ficar e só o ruim ir embora. Deixa eu te decifrar, deixa eu viver o pra sempre por mais de uma hora. Me deixe, tempo! Me deixe. Eu não aguento mais não parar. Então me diz... o que eu faço se jogo tuas pilhas no chão, seus ponteiros param e ainda assim você continua a andar?
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