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Sentinelas da extinção



Quem controla o país agora,

Controla o nosso futuro?


A guerrilha de 66 reacende meu espírito

Contra massacres e injustiças.


Guerreiros yanomamis revivem e morrem no século XXI

A mãe África chora por seus filhos

O sangue derramado,

A morte nossa de cada dia!

O mais do mesmo

Sentinelas da extinção.


Passado e presente se encontram

O ciclo se repete

O futuro apodrece,

Enquanto o estadista nos enlouquece.


As chamas de Roma nos atingiram,

Ardentes, mortais, encantadoras

Nossa riqueza se esvai

Tornando o céu sombrio.


E os jornais me acalmam, me alimentam

A floresta grita em silêncio

Os famintos berram sua dor

Mas, fique tranquilo!

A economia nos sustenta.


Enquanto isso, o estadista nos aborrece

Sentinelas da extinção.


Os cadáveres estão em suas mãos

Sua negação o consumirá

Sua verdade, um dia, vai acabar

Os carrascos de plantão irão nos caçar.


Mas o espírito de 66 resistirá

Sem ao certo, como a luta travar

Com coragem nos olhos, vermelhos por chorar.


E ainda hoje, com futuro incerto

Enfrentando os carrascos de prontidão

Derrubando as sentinelas da extinção.


Com lágrimas nos olhos

Os noticiários nos anestesiam novamente

Valas e mais valas para chorar em cima.


“E daí?”

O preço já foi acertado!


Quem controla o futuro agora?

Sentinelas da extinção?





Texto: César Camargo

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