A sociedade caminha à passos lentos, como quem marcha sem direção, a imprevisibilidade com relação ao futuro não parece amedrontá-la, e a paralisia de seus membros visivelmente não à aflige, os acontecimentos passam como despercebidos por sua ótica. O corpo social, devido a sua imobilidade, aparenta dormência com relação as feridas sociais que lhe são tocadas cotidianamente e que lhe deixarão profundas cicatrizes futuras.
Apesar de atualmente falar-se muito em assuntos até então adormecidos no intelecto social, é notável a falta de embasamento teórico na grande maioria dos diálogos. Parte-se do pressuposto de que de tudo se sabe por ouvir falar, porém, é impossível analisar criticamente o que não se conhece com profundidade. Em discussões, como essas, o que acontece, com frequência, é a reprodução de ideias impostas pela mídia.
É preciso buscar a riqueza do intelecto, e nos perguntarmos: O que estamos fazendo para modificar nosso cenário social? Nos interrogarmos com relação ao Brasil que queremos para o futuro, além de refletirmos sobre o Brasil que estamos construindo para as gerações futuras. Somos membros do corpo social, somos povo, cabe a nós agirmos como tal. Vamos abandonar nossas preocupações em ascender socialmente e fomentar nosso crescimento intelectual.
Caminhemos, juntos, rumo à ordem e ao progresso, buscando a melhora do país. Que o sentimento nacional venha a se fazer cada vez mais presente em nossas vidas. É preciso deixar nossa zona de conforto, sairmos do papel de vítima, fugir do sedentarismo de agentes passivos e tomarmos nosso lugar como agentes sociais ativos.
Já havia escrito Karl Marx, juntamente com Engels, como um convite de ação contra a opressão, no Manifesto Comunista: "Proletários de todos os países, uni-vos". Tomando a liberdade de parafraseá-los, dirijo-me ao povo brasileiro com o mesmo pedido: “Povo de todo o Brasil, uni-vos!
Vivemos tempos tenebrosos, é mais que necessário o despertar da sociedade com relação aos acontecimentos atuais, e aos impactos futuros, que possivelmente virão. Buscar compreender o contexto em que vivemos é de extrema importância para que possamos modificá-lo.
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