Debates sobre feminismo é uma grande vitória feminina no século XXI, onde se encontra uma maior visibilidade. Sabemos que o feminismo, mesmo sem ser intitulado como tal, já ocorria em atitudes de grandes mulheres como Joana d’Arc, que praticava sua liberdade pessoal lutando na guerra dos 100 anos por conta própria. Nomes importantíssimos e que acrescentam para o fortalecimento do movimento mesmo após a sua morte.
Ao longo de todos os anos, mulheres foram reprimidas e taxadas como inferiores, sexualizadas, banalizadas e infligidas. Ser mulher já é um ato de resistência. Sabemos, também, que com toda a evolução, a submissão feminina ainda persiste impregnada em muitos ambientes, seja nas casas ou nas telas, a vulgarização da mulher é um marco em vários filmes, um em especial, que muitos adoram, mas que passa uma perspectiva negativa, é “O Diabo Veste Prada”.
Em boa parte desses filmes, cujo existe mulheres fortes, utilizam como uma forma de mostrar que elas só são assim por terem abandonado o destino de dona de casa e do lar. Porém, apontam que a vida por trás de tanto sucesso esconde uma tristeza, originária por falta de uma rotina doméstica para ser feliz. Isso é ridículo.
Remetendo a mulheres fortes da vida real, podemos ver que o Brasil ganha seu destaque com grandes nomes, Dandara, Maria Quitéria, Nísia Floresta e muitas outras, e é nesse ponto que se entrelaça as mulheres retratadas em filmes/séries e mulheres da realidade. “Coisa Mais Linda” é a mais nova série, estilo novelão, da Netflix (2019), que retrata bem o feminismo como um todo, mas a aposta certeira foi sobre o feminismo negro, a luta por direitos trabalhistas, retrata bem o machismo e suas mais variadas formas, verbal e físico, a posse masculina sobre o corpo de sua esposa manequim.
A série se passa no final da década de 1950 para o início de 1960, trazendo como foco, a princípio, a bossa nova e o samba, mas o que se descobre por trás é o famoso “tapa na cara da sociedade”, quando quatros mulheres, sofrendo individualmente repressão, forçadas a serem submissas ao marido, mães solos (sabemos que maternidade não é um estado civil), o racismo, discriminação de classes sociais, entre outros. Todas as circunstâncias são, simplesmente, uma explosão de afronta aos padrões vividos na época, e que apesar de tudo não limitou nem uma das personagens a seguir firme com seus ideais e carreiras.
A série ainda está no 7º episódio da primeira temporada, e dá a impressão de ter um gancho entre cada episódio que prende a atenção, e te faz querer mais e mais. Vale a pena assistir e se desconstruir.
Como a desconstrução é um passo lento, um fator que me deixou um pouco desconfortável se remete as cenas sexuais, nos momentos do ato consentido à exposição e foco sempre aos seios das atrizes, mostra a sexualização sobre o corpo feminino. A proposta da série, a meu ver, se baseia na chamativa para esse tipo de problema que é o assedio constante, embora possa estar equivocada sobre meu pensamento.
Em uma perspectiva geral, a série é importante, retrata assuntos sérios, e estamos no aguarde dos próximos capítulos.
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